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Peter Framton em Frampton Comes Alive! (1976): o álbum que redefiniu os discos ao vivo
Por Administrador
Publicado em 28/06/2025 06:37
Música
Foto:- Divulgação

Frampton Comes Alive! (1976) é um dos álbuns ao vivo mais icônicos da história do rock. Não apenas definiu a carreira de Peter Frampton, como também se tornou um marco da cultura pop dos anos 1970 e um exemplo clássico do poder dos discos ao vivo em transformar a percepção pública sobre um artista.

Antes de se tornar um superstar, Peter Frampton já tinha uma trajetória consistente. Foi integrante das bandas The Herd e Humble Pie, além de ter lançado quatro álbuns solo com recepção modesta. Embora fosse respeitado como guitarrista e compositor, Frampton ainda buscava o sucesso comercial. A virada veio com Frampton Comes Alive!, que reuniu registros de apresentações feitas em 1975 nos Estados Unidos, capturando a energia contagiante de seus shows e a conexão espontânea com o público.

A produção, assinada pelo próprio Frampton com o engenheiro de som Chris Kimsey, teve o cuidado de preservar a vibração ao vivo sem perder clareza. O álbum foi um sucesso instantâneo, permanecendo por 10 semanas no topo da Billboard 200 e vendendo mais de 8 milhões de cópias apenas nos Estados Unidos.

Musicalmente, Frampton transita entre o rock melódico, o pop rock e o blues. Sua abordagem suave, técnica refinada e vocais acessíveis fizeram dele um nome atrativo para a audiência das rádios FM voltadas ao rock nos anos 1970. Uma marca registrada é o uso da talk box — um dispositivo que permite que o músico modele o som da guitarra com a boca, criando um efeito similar ao da fala — que acabou se tornando sinônimo de sua imagem, especialmente nas faixas “Show Me the Way” e "Do You Feel Like We Do".

Entre os maiores destaques do álbum estão "Show Me the Way", um dos maiores hits da carreira de Peter Frampton, um exemplo perfeito do uso da talk box e do apelo pop de Frampton. Simples, envolvente e inesquecível. Já "Baby, I Love Your Way" é uma balada romântica que se tornou um hino das rádios, ajudando a tornar Frampton um queridinho do público jovem e feminino. Com quase 14 minutos, "Do You Feel Like We Do" é o ponto alto do disco. Um épico improvisado que encapsula o carisma de Frampton no palco e seu domínio da guitarra. E o fechamento, com uma versão personalíssima para a clássica “Jumping Jack Flash”, dos Rolling Stones, encerra no mais alto nível um disco antológico.

Frampton Comes Alive! não só salvou a carreira de seu autor, como também redefiniu o papel dos álbuns ao vivo na indústria musical. Em vez de apenas complementar os lançamentos de estúdio, esse tipo de registro passou a ser visto como uma oportunidade de consolidação artística e comercial — algo que influenciaria discos como Cheap Trick at Budokan (1978), Live and Dangerous (1978) do Thin Lizzy, a série Alive! do Kiss – contemporânea do álbum de Frampton, pois o primeiro volume chegou às lojas em setembro de 1975 - e muitos outros. O álbum se tornou uma referência cultural: foi citado em filmes, séries e até parodiado na capa da Rolling Stone. Para muitos, é a síntese da estética do rock de arena dos anos 1970 — acessível, envolvente e tecnicamente competente.

Frampton Comes Alive! é um testemunho de como a química entre artista e plateia pode mudar o destino de uma carreira. Peter Frampton, com carisma e habilidade, capturou um momento mágico no tempo e transformou-o em um fenômeno. Mesmo que nunca mais tenha alcançado um patamar similar de sucesso, este álbum garantiu seu lugar entre os nomes imortais do classic rock.

 

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